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Arquitetos: TechnoArchitecture
- Área: 7000 m²
- Ano: 2019
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Fotografias:Shamanth Patil
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Fabricantes: Hunter Douglas, Lutron, AutoDesk, Ceramica Fondovalle, Cortizo, Fioranese, Fioranese - Old Wood, Fondavalle - Meta Gloss, Gamma, Gessi, Jaipur Rugs, Koinor, Koizuni, Laufen, Leds-C4, Living ceramics, NATUZZI, Poliform, Trimble, Valdama, +2
Descrição enviada pela equipe de projeto. O grande destaque da residência “Belaku” é o uso bem definido e equilibrado de formas geométricas. Os espaços são visualmente conectados entre si, assim como são interconectados ao meio ambiente. As linhas retas da arquitetura permanecem em contraste com o bairro, mesmo sendo uma solução visual simples e elegante, com a casa organizada em divisões. O projeto evoluiu tendo em mente o estilo de vida atual e uma forte conexão com as raízes. Aproveitando o clima agradável de Bangalore, o desenho ganha uma natureza aberta e porosa. Este terreno voltado para o leste consiste em duas casas, uma para um casal de idosos e outra para o filho que vive entre Nova York e Bangalore.
A casa 2BHK, para o casal de idosos, é muito prática, tendo em vista a idade dos pais, enquanto a casa do filho é mais contrastante, minimalista, com uma composição equilibrada, produzindo a sensação de brilho e paz. O conceito de casa aberta complementa a luz, o volume e a serenidade do espaço construído. A residência de dois pavimentos é acessada pelo elevador e as escadas, estrategicamente posicionadas para atender as duas casas, são acolhidas por uma varanda sombreada que capta a essência dos espaços e materiais utilizados.
A sala de estar é separada do restante da residência por um corpo d'água central (pé-direito duplo), permitindo que a luz solar entre na casa e ilumine os espaços. A conectividade visual é mantida com a vegetação externa. Para auxiliar essas fontes de luz, há claraboias colocadas em espaços de pé-direito duplo. A iluminação e ventilação da casa, o piso de cor cinza e o interior acolhedor tendem a acrescentar diversão e curiosidade ao local, ao mesmo tempo em que recebem calorosamente familiares e amigos para uma noite tranquila ou uma noite de festa.
A lógica da casa está na criação de 2 blocos distintos, interligados pelo corpo central de água que, por sua vez, permite a comunicação perfeita entre os vários programas associados aos espaços da residência. Essa estratégia remete às casas-pátio tradicionais encontradas no sul da Índia e fornece uma conexão coesa que é crucial para um lar. Uma escada em espiral na fachada frontal, antes da porta principal, indica uma ambiguidade e premissa, a entrada em si já é uma "pausa" - mediando entre o interior e o exterior.
A articulação do material reforça a condição diferencial dos vários espaços programáticos. A sólida tela de madeira entre planos de metal na fachada oferece uma oportunidade de ocupação e cobertura contra o sol forte do local. Todo o piso é uma combinação de ladrilhos de acabamento em cimento e ripas de madeira maciça de nogueira. Uma das principais características da fachada está no uso de aço corten, que atua como uma excelente variação das cores da madeira e concreto, que já são usadas comumente.
O objetivo era criar um ambiente equilibrado. O projeto traz uma característica peculiar, mas de maneira sutil. O uso de cores e obras de arte ajudam a narrativa geral o que é ainda mais realçado pela paleta de cores neutras imposta. O desejo do cliente estava baseado no conceito de Wabi Sabi - estético, simples e próximo à natureza; celebrando a beleza de um mundo naturalmente imperfeito. Esta casa oferece simplicidade, mas é textualmente é rica, criando uma harmonia de materiais naturais. Restringir a paleta à cor neutra foi uma decisão importante, pois todos os materiais enfatizam a beleza e a imperfeição poética da natureza. Paredes e piso, parcialmente feitas em gesso pigmentado, mimetizam a casa na paisagem, enquanto a madeira no teto adiciona o calor necessário ao espaço.